quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mar Me Quer em Recife

Depois de um breve recesso, nosso barco "Mar Me Quer" será de novo lançado às águas. Nos aventuraremos nas correntezas marítimas do XIII Festival Recife do Teatro Nacional.


Pois é, estamos de malas prontas e tudo arrumado para partir para Recife amanhã bem cedinho e apresentarmos o espetáculo no sábado e no domingo no Teatro Hermílio Borba Filho, às 19 horas.

Então, se algum dos nossos amigos/seguidores estiver em terras pernambucanas no fim de semana, dá uma passadinha no Hermílio pra conferir o "Mar Me Quer" em sua primeira aventura longe da Baía de Todos os Santos.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mar Me Quer no Festival de Teatro do Subúrbio



Na noite de ontem, A Outra Companhia apresentou Mar Me Quer no Centro Cultural de Plataforma, integrando a programação do II FTS - Festival de Teatro do Subúrbio. Produzido pelo Coletivo de Produtores Culturais, o evento traz em sua programação espetáculos de grupos e artistas baianos, conectados a partir do tema: Teatro Contemporâneo.


Com casa cheia, o espetáculo aconteceu revelando um mar de memórias que enreda a nossa história de amor falido protagonizada por Zecas, Luarminas e Avôs Celestianos. Crianças, jovens, adultos, idosos - todos ali, acomodados no Palco do CCP, como coadjuvantes / confidentes da cena apresentada. Volta-e-meia um comentário que puxa um riso que traz uma gargalhada e deixa os olhos "mareados" de alegria e/ou compaixão e/ou dó e/ou melancolia.



quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Necessário

Necessário, sim! As apresentações do Mar Me Quer em Plataforma foram "necessárias". Não consigo encontrar outra palavra pra definir.

Confesso que a primeira semana da temporada que fizemos no Centro de Cultura de Plataforma foram difíceis. No primeiro dia uma platéia de estudantes adolescente super inquietos, conversavam o tempo inteiro e interagiam com o espetáculo de uma maneira diferente do que tinhamos vivido até o momento. No segundo dia foi o inverso. Um grupo de estudantes idosos foram nos assistir e, ao contrário da noite anterior em que a platéia respondia até demais as proposições do espetáculo, na sexta-feira os espectadores não queriam papo. Eles se mexiam, respiravam fundo e salvo uma senhora que estava agoniada por que tinha deixado cair a sombrinha e não conseguia pegar no escuro, o restante do público nem se movia. Nos dois dias fizemos o espetáculo tentando se adequar as platéias, tentando encontrar formas de fazer o público interagir.

Na segunda semana, porém, o caso se inverteu. Tivemos bons públicos e também fizemos ótimos espetáculos. E no final da última apresentação da temporada fomos presenteados com a presença de duas pesquisadoras da obra de Mia Couto que vieram de Brasília para Salvador diretamente para assistir ao espetáculo. Eis o motivo do meu título. As platéias da primeira semana foram necessárias, era preciso para o espetáculo e para nós esses encontros com essa platéias, pois nos forneceu a possibilidade de continuarmos pesquisando e aprofundando o espetáculo. Saímos mais fortes, continuamos a navegar nesse mar mesmo quando a maré não tá pra peixe.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Mar Me Quer em Plataforma

Ontem, iniciamos nossa curta temporada de apresentações do Mar Me Quer no Centro Cultural de Plataforma. Muitas histórias! Outros modos de recepção e envolvimento com a platéia formada em sua maioria por estudantes de escolas da Rede Pública de Ensino da região.

Entre risos, piadas e conversas paralelas, destaco dois momentos: 1) em que cantamos "se a canoa não virar...", foi incrível! Parecia carnaval, os estudantes cantavam junto com a gente, aplaudiam, davam gargalhadas, levantavam os braços... um envolvimento máximo com os atores; 2) quando Junior perguntou a um garoto da platéia "quanto tempo você fica embaixo d'água sem respirar?", e a resposta "eu não falo disso não, eu sou homofóbico"... muitas gargalhadas nesse momento, nem os colegas seguraram o riso.

O fato é que um novo modo de ver e dialogar com o espetáculo se apresenta. São outras referências, interesses e conexões com o cotidiano. Como todo work in process, Mar Me Quer se revela um novo espetáculo a cada dia, a cada público, a cada espaço.

A gente continua lá até semana que vem, sendo que hoje, faremos uma sessão extra do espetáculo, as 20h, lá em Plataforma! Vem mergulhar nesse mar de tantas histórias....

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

COMUNICADO IMPORTANTE

Por problemas de saúde com uma das atrizes d'A Outra Cia, a apresentação de hoje, 1 de setembro, de Mar Me Quer no Centro Cultural de Plataforma foi cancelada. Todas as outras apresentações, incluindo a de amanhã, estão mantidas. Também está marcada uma nova apresentação na sexta-feira, 3 de setembro, para repor a de hoje.

Começa Hoje!

Qualquer informação, é só entrar em contato: (71) 8849-9308 / 3083-4617

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Mar Me Quer é notícia!


(Reprodução da página de A Tarde com a crítica sobre Mar Me Quer)

Leia no Caderno 2+ do Jornal A Tarde de hoje a crítica que a jornalista especializada em artes cênicas Eduarda Uzêda escreveu sobre Mar Me Quer, mais novo espetáculo d'A Outra Cia de Teatro.


Esta temporada de Mar Me Quer vai de hoje a domingo, às 20h, na Sala Principal do Vila Velha. O ingresso custa R$ 20 (inteira).

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Depois da estréia...

Ando meio sumido daqui. Desde o meu último post algumas várias coisas aconteceram. Estreamos na semana passada (foi lindo!), tivemos um segundo dia de cão (com várias coisas dando errado e a energia mesmo não estava bacana), mas no sábado e no domingo nos recuperamos e fizemos bons espetáculos.

Já este fim de semana fizemos boas apresentações na sexta e no sábado, no domingo (hoje) o espetáculo foi estranho pra mim. Achei o andamento um pouco quebrado, lento em alguns momentos, mas havia também uma ansiedade, uma pressa que fez com que algumas falas se encavalassem. Porém, não foi nenhum fim do mundo e conseguímos segurar até o final.

Enfim, estamos naquela fase que a cada dia os pais descobrem um sinalzinho novo no bebê, uma semelhança com algum parente, etc. E a cada nova apresentação o bebê descobre um truque novo como andar, engatinhar, sorrir, fazer birra... estamos nos descobrindo.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Concurso de Fotografia MAR ME QUER


Durante o espetáculo Mar Me Quer, permitimos que sejam tiradas fotografias, desde que sem o uso de flash. Logo, você que tem uma máquina fotográfica e gosta de registrar os momentos importantes de sua vida, não perca essa. Traga sua máquina e faça muitas fotos da peça!

Inclusive, lançamos um concurso de fotografias. Quem tirar fotos de Mar Me Quer, é só enviar para o endereço eletrônico aoutra@gmail.com. Iremos selecionar uma foto a cada final de semana. O selecionado receberá:
  • 01 camisa d'A Outra Companhia de Teatro
  • 01 par de ingressos para o espetáculo - nova possibilidade de fotografar!
  • 01 impressão no tamanho A4 da foto selecionada
  • divulgação da fotografia no site do Teatro Vila Velha e aqui na página do Mar me Quer
Boas fotos!

Mar Me Quer por Renata Hasselman

Agora a idade vem chegando e a velhice começou a me atrapalhar...

Mar Me Quer por Ana Paula Vasconcelos

Eu quero dançar consigo, Zeca!

Maria Bailarinha era moça bonita de ver...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Lembra dos ensaios na sala 2?

Palavras de EVERALDO DUARTE


Em 9 de agosto de 2010 11:43, everaldo duarte> escreveu:

Prezados d'A Outra

Antes de tudo peço que me perdoem a indelicadeza de haver adentrado ao palco para cumprimenta-los. Confesso, naquele momento eu me sentí parte do todo, cênico e interpretativo, e de repente estava lá abraçando vocês. Era tudo tão bonito e real. Parabéns pelo trabalho, pelos desempenhos, pela criatividade, pela direção, enfim por tudo que nos foi mostrado.

Continuem na estrada.

Abraços
Duarte.




Mar Me Quer por Sidney Rocharte



O caracol se parece com o poeta: lava a língua no caminho da sua viagem.

Mar Me Quer por Sidney Rocharte


Deixe-me fitar teus olhos!
Chorar, eu? Começou a chover.

Mar Me Quer por Sidney Rocharte



Mar Me Quer por Sidney Rocharte

Ele não sabe o que é o amor, mas eu não posso viver sem ele.


Mar Me Quer por Sidney Rocharte














Lembra de Maria Bailarinha?

Mar Me Quer por Sidney Rocharte

Levanta, ó dono das preguiças.

Mar Me Quer por Sidney Rocharte

Estou nua como peixe

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Estréia hoje!!!


Foto de Sidney Rocharte

Hoje estréia, em Salvador, a oitava montagem d'A Outra Companhia de Teatro: MAR ME QUER, baseada na obra homônima de Mia Couto.

Foram 09 meses de um processo intenso de pesquisa e criação, trocando com artistas de salvador, de Natal e de Recife. O espetáculo traz referência de comunidades pesqueiras soteropolitanas, traços da cultura popular nordestina, e a irreverêncA Outra. O projeto de montagem foi contemplado com o Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz 2009.

Ontem, o grupo fez uma pré-estréia com casa lotada, gente emocionada, coquitel no final e muitas emoções! Com muita energia, A Outra inicia sua temporada no Teatro Vila Velha, até o dia 22 de agosto, sempre as 20h.

Durante o espetáculo, quem quiser pode fotografar, é só trazer a máquina e evitar o flash. Pensando nisso, lançamos a promoção: quem tirar fotos do espetáculo, envia para o e-mailaoutra@gmail.com. Iremos escolher uma foto a cada final de semana - o fotógrafo escolhido ganhará um presente d'A Outra. Boas fotos!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Foto de Luiz Antônio Jr.

Na próxima quinta-feira, dia 05/08, A Outra Companhia faz uma pré-estréia do seu novo espetáculo Mar Me Quer, em Salvador. Baseada na obra homônima de Mia Couto, a peça foi montada ao longo de 09 meses de pesquisa, trazendo referência de comunidades pesqueiras de Salvador e Região Metropolitana, além do imaginário dos atores e de todos os envolvidos no processo.
Depois de fazer ensaios abertos e diversos outros compartilhamentos públicos com a comunidade soteropolitana, o grupo apresenta uma estrutura contemporânea de encenação: atores que manipulam cenário e fazem a trilha sonora ao vivo, uma dramaturgia recortada e cheia de conexões com o cotidiano, um espaço para sensações, imagens e sonoridades plurais. O projeto de pesquisa e montagem de Mar Me Quer foi contemplado com o Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz 2009.
Mar Me Quer ficará em cartaz de 06 a 22 de agosto, de sexta a domingo, as 20h, no Teatro Vila Velha. Na sequência, a peça será apresentada no Centro Cultural de Plataforma, no mesmo horário, as quartas e quintas, de 01 a 09 de setembro.
Qualquer informação, entra em contato: aoutra@gmail.com.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

olha o que acontece em véspera de estréia...



Faltam dois/três dias!
Dor de barriga, nervosismo, cabeça apertada, estresses!
O texto na cabeça, os personagens no corpo, a cena na memória!
Fazer o quê?!
Procurar os caminhos para a diversão.
Potencializar o prazer em estar em cena, de contar essa história tão cheia de muitas estórias!
E olha aí no que deu o nosso ensaio de ontem... transitando por quatro janelas temáticas (novela mexicana com tom espanhol na fala, musical com as palavras todas cantadas, sacanagem com as rasteiras e segundas intenções, e o mar me quer conforme a nossa montagem...
Muitas risadas, muita descontração, muitas revelações!
Impossível esquecer a estrangeira de Eddy que parece foi inspirada na "gaga de Ilhéus".
E o que dizer das versões musicadas de Buranga?
Manu se encontrando com a espanhola melodramática...
E Juninho pesquisando as muitas formas de contar suas histórias, se testando, se percebendo...
Daqui a pouco, na passagem geral, veremos o resultado que esse jogo e as provocações de ontem trarão para a cena.

(noite de segunda-feira... semana da estréia)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

em reta final... é tempo de relaxar!

Quinta-feira... de hoje a oito estreamos nosso Mar Me Quer, em Salvador.

E quem está conosco hoje é Fabinho. Veio cheio de brincadeiras, recheado de proposições para descontrair o elenco... uma delícia de ver, outras formas de contar a peça, cheias de subversão, de maladragem, subtextos sacanas, imagens populares... momento de deixar o lúdico vibrar, redescobrir o jogo...
É tempo de relaxar, mas sem perder o trabalho feito... É hora de potencializar a alegria de estar em cena, de contar essa história, de viver essas figuras...
Que o vento lhes sopre, apresentado mares sempre novos... afinal, quem viaja é sempre o mar!

sábado, 24 de julho de 2010

Nova Música

Domingo, 18/07/2010, mais um dia de ensaio intensivo. Estava observando e fazendo algumas anotações das últimas mudanças no texto, quando Luiz me chama em um canto e me pergunta: "Isra, tá legal?". O mesmo me mostra uma letra de uma nova música (de sua autoria) e gostaria de criar uma melodia para ela. Tentavamos criar, mas nada saía. Daí tivemos que pedir ajuda do maestro Junhinho, que pegou a alfaia e num piscar de olhos criou uma melodia. De repente vejo todo o elenco sentado ao nosso lado. Achei aquilo maravilhoso, então resolvi registrar aquele momento. Parabéns ao elenco e ao mais novo compositor da companhia, o DORIVAL CAYMMI DE ALAGOINHAS!!!!! rsrsrsrsrsrs

quinta-feira, 22 de julho de 2010

ensaio aberto por Robson de Jesus

Foto: Robson de Jesus

Foto: Robson de Jesus

Foto: Robson de Jesus

Foto: Robson de Jesus



Foto: Robson de Jesus





uma pausa para o ver o mar em dia nublado...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

das páginas do caderno do diretor


Há 15 dias de estrear, um ensaio frio, opaco, insosso! Foi assim na noite de ontem, quando passamos no Palco Principal do Teatro Vila Velha... foi um geral, depois de algumas muitas alterações feitas a partir do ensaio aberto do último dia 12.


É verdade, que estamos todos um tanto cansados. Desde que retornamos de Natal, passamos por diversos ciclos de mudança. Perdemos muitas coisas, conquistamos outras, avançamos e nos perdemos no mar dessa história que hoje estamos aflitos na busca por uma melhor compreensão de sua lógica.

Confesso estar tenso e confuso nesse sentido... até onde a história precisa ser entendida de maneira lógica e convencional? As pessoas que assistem, afirmam gostar do que vêem, mas sentem falta de algo... que eu atribuo ao entendimento do encadeamento narrativa da história. São muitas memórias, muitas imagens, muitas provocações sensoriais, muitas estruturas metalingüísticas... aí eu me pergunto: porque tudo deve ser ligado e claro? Será que tenho que apresentar um espetáculo onde o roteiro seja claro, onde as cenas estejam diretamente ligadas? Por que? Talvez porque as pessoas são educadas pela televisão que lhes oferece tramas óbvias, enredadas no intuito de envolvê-las a ponto quase decidir o final.

De todo modo, é claro que a narrativa precisa ser revisada e nisso tenho me detido cada vez mais e mais... corta daqui, insere um texto ali, traz uma música nova... e ainda assim não me satisfaço...

Ai meu deus... tô confuso demais! E cada vez mais tendencioso a escolhas arriscadas... o fato é que não sei se devo... preciso de coragem! Em pouco tempo, terei que decidir! Assumir mais ainda a encenação - fragmentada, múltipla, coletiva, plural, simbólica, brechtiana, fantástica...

Luiz Antônio Jr.

domingo, 18 de julho de 2010

uma música para Zeca

Zeca

Contou uma, contou duas, Zeca

Lembrou de uma história sua,

aquela

Nem assim o mar lhe trouxe a lua

"A vida passou

Doente ficou

O tempo levou o amor"

quinta-feira, 15 de julho de 2010

24 horas Mar Me Quer

É impressionante como a cabeça não pára de pensar no espetáculo. Com a proximidade da estréia, as experiências nos ensaios abertos, os retornos que tivemos, tudo que já vivemos nesse processo até aqui tá me fazendo dormir (quando consigo) e acordar pensando em Mar Me Quer.
Saio do ensaio, vou para o ponto de ônibus com Luiz até o meio do caminho e com Eddy conversando sobre o espetáculo. Pego o ônibus pensando no espetáculo. Chego em casa, durmo, acordo, a manhã passa, a tarde chega, chego eu também ao Vila e continuou pensando no espetáculo. Pensando e assimilando as mudanças, pensando em proposições e possíveis soluções para os problemas que ainda temos, buscando formas de ajudar Lui nessa tarefa difícil que é comandar esse barco. Tento o tempo inteiro consultar a previsão do tempo para alertar ao capitão e evitar as tempestades, buscando no mapa-texto outras rotas, outros caminhos, para chegarmos à ilha, trocando informações com os oficiais Hayaldo e Israel sobre os perigos do mar e as correntes marítimas que podem nos levar mais rapidamente, e como um bom marujo, converso o tempo inteiro com os companheiros buscando força e dando força para continuarmos os trabalhos com as velas, o leme, os remos, pro barco continuar navegando.
Apesar de saber que encontraremos o tesouro, estou cada vez mais certo que a viagem está valendo muito.

Postado pro Roquildes Junior

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Um ensaio geral e aberto

Foto: Érica Ribeiro

Assim foi na última segunda-feira. Fizemos um ensaio aberto para grupos de artistas, estudantes secundaristas e idosos. Entre amigos, parceiros, conhecidos e gente nova, fizemos uma passagem do espetáculo no Palco Principal do Teatro Vila Velha, onde dentre em breve estaremos em cartaz.

Com cenário, figurino e luz, mostramos o trabalho no ponto em que está: com quase tudo pronto, com quase tudo desenhado, com quase tudo marcado... e claro que com um infinito de coisas ainda por fazer. E agora, após esse segundo contato com o público (em massa), é momento de correr contra o tempo para que no dia 05, quando faremos uma pré-estréia, tudo esteja mais próximo do que desejamos.

Ainda é preciso um olhar mais atento a narrativa da peça, a história que é contatada e compartilhada com a platéia... desse amor impossível do Zeca pela Luarmina. Além de deixar mais clara a figura do Avô que ainda se perde em meio aos outros personagens, talvez a luz ajude, talvez o figurino, ou quem sabe um detalhamento físico, mas na fala tem que ser mais preciso também... E esse tem sido nosso grande trabalho... maturar a dramaturgia... fortalecer a história do Mar Me Quer.

Seguimos em frente! Quem quiser conferir o trabalho, é só aparecer no Vila, das 19 as 22h, estamos ensaiando, de segunda a sexta. Será sempre bem-vindo!

Luiz Antônio Jr.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Relato de uma fã

Sou suspeita para falar da "A Outra Companhia de Teatro", pois além do carinho que sinto por todos sou, também, uma grande fã do trabalho da equipe. Acompanho os seus trabalhos a alguns anos e ainda não encontrei um trabalho que não me emocionasse.
Atualmente venho acompanhando os ensaios de Marmequer. Da primeira a minha última visita aos ensaios, conseguir enxergar tudo com mais clareza. O grupo conseguiu fazer modificações que deram leveza e percebi que os atores e toda equipe estão cada vez mais unidos e compenetrados na essência do espetáculo.
Acredito que os ensaios são tão importantes para quem faz quanto para quem assiste, pois no ensaio é bonito e gostoso de ver a construção dos personagens, dos objetos, do vestuário, a dança; ouvir as diferentes vozes, as cantigas e sentir o lugar, o clima e o mar.
Desejo a todos equilíbrio e sabedoria.
Com carinho!
Emiliane Santiago

sexta-feira, 9 de julho de 2010

um encontro de memórias vivas


Cerca de 125 idosos assistiram ontem ao ensaio aberto que fizemos no Hospital Santo Antônio. Entre risos e comentários, ao final, muita coisa a discutir, a trazer pra cena, a transformar... Ali em meio a todos, haviam muitos Zecas, Luarminas e Celestianos, de todos os tipos, com muitas características e histórias... Naquele espaço, havia um compartilhamento múltiplo de sensações e memórias.

Para os atores, uma oportunidade de jogar e trocar com o público. Para mim, um momento de ver a reação da platéia e o envolvimento deles com a história. Para todos, um encontro de memórias vivas. A cabeça tá fervendo...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Um fragmento para morte do Zeca

"Da primeira vez, eu senti o braço molhado. Estava deitado, em meu leito, esperando o sono. De repente, um frio na pele me alertou: por ali se derramava um líquido, escapado de alguma fresta. Foi então que a visão me horrorizou: a água, afinal, vinha de todos lados, do chão, do teto, a água acorria a me buscar, sua língua azul me vinha arrancar deste mundo. Não tardaria que perdesse respiração, cercado por dentro e por fora. Levantei-me e, conforme escapava pelo quarto, o chão se molhava.

Foi apenas a primeira vez. Esse sonho de afogamento passou a suceder sempre que adormecia. Às vezes me envolvia o mar, outras parecia me afogar no meu próprio sangue. Mar e sangue, sangue e mar. O que diziam esses sinais? Que trazemos oceanos circulando dentro de nós? Que há viagens que temos que fazer só no íntimo de nós? O sangue e o mar, suas parecenças me ressurgiam agora em punição de alguma desobediência.

Luarmina, lembrei de seu rosto, seus olhos me fitando como se ela sempre tivesse estado ali, como se fosse apenas mais uma das noites de uma inteira vida. Todas as vezes que ela despetalou flores, nesse «mar me quer-bem me quer», afinal, era já o meu amor que desfiava aquele gesto dela?

Escutando o mar adormeci. Mas não era eu todo que adormecia. De igual maneira que meu pai morreu em porções, agora eu caía no sono às partes, uma de cada vez. Primeiro, foi a memória que tombou em abismo, inexistindo. Como se o mar ensinasse, por fim, minhas lembranças a adormecer. Como se a minha vida aceitasse o supremo convite e fosse saindo de mim em eterna dança com o mar. "

Ensaios Compartilhados


Daqui a pouco, as 14:30h, A Outra Companhia fará um ensaio de "Mar Me Quer" para um grupo de idosos do Projeto Renascer das Obras Sociais Irmã Dulce. Será no Hospital Santo Antônio.

Assim, a Companhia dá início a uma sequência de compartilhamentos públicos de seu novo espetáculo. O próximo ensaio aberto será no Teatro Vila Velha, na próxima segunda-feira (12/07), as 20h. A entrada sempre é franca.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Luiz Antônio Jr – Direção, Dramaturgia, Coordenação de Produção

Bacharel em Artes Cênicas (Interpretação Teatral) pela UFBA, atualmente vem desenvolvendo trabalhos criativos com A Outra Cia de Teatro e o Núcleo Viladança. Além de ator e produtor, também é arte-educador, ministrando oficinas de iniciação e aperfeiçoamento artístico para crianças e jovens, desde 2006. Como ator, trabalhou com diretores de reconhecido mérito como Harildo Deda, Meran Vargens, Cristina Castro, Lázaro Ramos, Hebe Alves, Marcelo Souza Brito, Jacyan Castilho e Adelice Souza. Enquanto produtor cultural captou recursos, executou e/ou coordenou a produção dos projetos “A Outra Companhia de Teatro Reduzindo Distâncias”, com patrocínio da Oi; “Troca-Troca no Nordeste com A Outra Companhia”, patrocinado pelo BNB; “O Pique dos Índios ou A Espingarda de Caramuru” – incluindo o Seminário História do Teatro Baiano nas décadas de 60, 70, 80 e 90, contemplado com o Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz 2008; “Da Ponta da Língua a Ponta do Pé – Circuito Interior 2008”, da Cia. Viladança, patrocinado também pela Oi; "Vila D'água", com apoio financeiro da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Na área de direção de espetáculos, fez: “Nas entranhas do amor”, “Corpus”, “Três histórias para lembrar”, Véu – uma poética do só”, foi assistente em: “Rugas”, de Laura Franco, “Da Ponta da Língua a Ponta do Pé” e “Habitat”, ambos de Cristina Castro.

Eddy Veríssimo - Elenco, Adaptação, Produção Executiva, Formação de Platéia

Inicou sua carreira como atriz em 2000, participando de oficinas e espetáculos do Instituto Araketu. Atuou nas peças: “Arlequim servidor de dois patrões”, “O contêiner”, “Murucutu”, “Três Histórias para lembrar”, “A sacanagem da outra”, “Os dois ladrões”, “Remendo Remendó”, "Moringa", dentre outros. Em 2004, fundou A Outra Companhia, onde atua nos seus espetáculos de repertório, além de desenvolver ações de formação de platéia, junto a escolas da Rede Pública e Privada de Salvador e Região Metropolitana. Foi produtora executiva nos projetos "A Outra Companhia de Teatro Reduzindo Distâncias", "Vila D'água", “O contêiner na Escola” e "Seminário História de Teatro nas décadas de 60, 70, 80 e 90", além de fomentar a formação de platéia para as apresentações dos espetáculos "Arlequim servidor de dois patrões", "Debaixo d'água em cima d'areia" e "O Contêiner". Foi indicada ao Prêmio Braskem de Teatro, em 2004, na categoria melhor atriz coadjuvante.

Luiz Buranga - Elenco, Adaptação, Composição de Música, Administração

Ator, iniciou sua carreira em Salvador há 20 anos. Atuou nos espetáculos “Cordel é Brasil” e “Viúva, porém honesta”, com a direção de Ramon Reverendo; “Arlequim servidor de dois patrões”, “O Contêiner”, “A Sacanagem da Outra” e “Debaixo d’água em cima d’areia”, dirigidos por Vinicio de Oliveira Oliveira; “Brechtianas”, de João Figuer”; “Pra Riba Cordel”, “A paixão do senhor segundo os grandes mestres” e “O santo e a porca”, sob direção de Manoel Lopes Pontes. Integra A Outra Companhia desde seu início, exercendo, ainda, atividades administrativas nos projetos do grupo.

Manuela Santiago - Elenco, Adaptação, Produção Executiva

Estudante do Curso de Turismo e Hotelaria da UNEB, desenvolve trabalhos como atriz desde 2005, tendo trabalhado nos espetáculos “Arlequim – servidor de dois patrões”, “Debaixo d’água em cima d’areia”, “A sacanagem da outra”, "Moringa" e “O Pique dos Índios ou A espingarda de Caramuru”, com direção de Vinício de Oliveira Oliveira, “Deu a louca nos contos de fada”, de Gil Santana, “Três Histórias para Lembrar”, com direção de João Meirelles, Rita Carelli e Luiz Antônio Jr.,e “Memória”, dirigido por Marília Galvão; e também em filmes (Jardim das Folhas Sagradas, de Póla Ribeiro; e Trampolim do Forte, de João Rodrigo Matos). Foi assistente de produção no Projeto A Outra Companhia Reduzindo Distâncias, no ano de 2008.

Roquildes Júnior - Elenco, Adaptação, Assessoria de Imprensa, Controle Financeiro

Graduando em Letras Vernáculas pela UFBA. Em 2002, iniciou seus trabalhos no teatro e no cinema, tendo participado das peças: “Arlequim – servidor de dois patrões”, “Debaixo d’água em cima d’areia”, “A Pena e a lei”, “O Contêiner”, "Moringa", “A sacanagem da outra” e “Remendo Remendó”, dirigidas por Vinício de Oliveira Oliveira; “Sonho de uma noite de verão”, com direção de Marcio Meirelles; “Três histórias para lembrar”, direção de Rita Carelli, Luiz Antônio Jr. e João Meirelles; “Ciranda do medo”, direção de Débora Landim; “Murucutu”, dirigido por Inácio D’eus. Desde 2007, desenvolve ações de assessoria de comunicação e divulgação n’A Outra Companhia de Teatro.

Fernando Yamamoto - Consultaria de Dramaturgia e Encenação

Ator e diretor, integrante do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare (Natal – RN). Bacharel em Arquitetura e Urbanismo e Especialista em Ensino de Teatro, pela UFRN. Dirigiu os espetáculos: Foi contemplado com os prêmios: "O Capitão e a sereia", “O Casamento”, “Fábulas”, “Roda Chico”, “Muito barulho por quase nada”, “Picadinho Clowns”, “Megera DoNada”, “O Teste de Teca” e “Noite de Reis” – todos com o Grupo Clowns de Shakespeare; fez ainda “Quebra-Quilos”, com o Coletivo de Teatro Alfenim (PB). Trabalhou em parceria com Eduardo Moreira e Henrique Fontes. Ganhou os prêmios na categoria Melhor Diretor: Prêmio FEMSA/Coca-Cola, Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes), XI e XIII Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (CE), I Festival Nacional de Campos de Goytacazes (RJ), I Festival do Teatro Potiguar, XXXI FESTE – Pindamonhangaba (SP). Em 2008, foi contemplado com a Bolsa Estímulo à Produção Crítica em Artes e o Prêmio Interações Estéticas, ambos da FUNARTE.

Marco França - Direção Musical

Ator, músico e diretor musical, integrante do grupo Clowns de Shakespeare (Natal – RN) e Fundador/Sócio Gerente do estúdio para gravação de áudio profissional MEGAFONE ESTÚDIO. Atuou nos espetáculos: "O Capitão e a sereia", “Fábulas”, “O Casamento”, “Muito barulho por quase nada”, “Roda Chico” e “Picadinho Clowns” – todos do Grupo Clowns de Shakespeare, onde também fez a direção musical. Ainda, dirigiu musicalmente as peças: “Bocas de Lobo”, “Quebra-Quilos”, “O amor de Madalena”, dentre outros. Trabalhou em parceria com Ernani Maleta, Danilo Guanais e Fernando Yamamoto. Participou de diversos festivais nacionais e internacionais como músico e ator, projetos artísticos como ator, diretor musical, oficineiro, debatedor e produtor. Recebeu o Prêmio de Melhor Música no Festival de Teatro de Pindamonhangaba (SP), XI e XIII Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (CE), I Festival Nacional de Teatro de Campos de Goytacazes (RJ). Em 2009, recebeu indicação ao Prêmio Shell de Teatro - São Paulo.

Hayaldo Copque - Assistência de Direção


Ator e diretor teatral. Bacharel em Interpretação Teatral e Mestrando em Artes Cênicas pela Escola de Teatro da UFBA.

Israel Barretto - Assistência de Direção

Graduado em Educação Física, pela UCSAL, é ator desde 2001, qaundo fez o espetáculo "Luzes e sombras do desterro", com direção de Clécia Queiroz. Desde então, atuou nos espetáculos "A longa noite" (dir. de Júlio Delfino), "Lemúria" (dir. de André Mustafá), "O olhar inventa o mundo" (dir. de Felipe de Assis), "Amor e Alma" (dir. de Lázaro Gomes), "A vala comum" (Dir. de Luiz Antônio Jr.), "Memórias do Forte" (dir. de Iara Colina), "Arlequim servidor de dois patrões" e "A sacanagem da outra" (ambos dirigidos por Vinicio de Oliveira Oliveira). Fez, ainda, diversas oficinas com Jacyan Castilho, Nehle Franke, Márcio Meirelles, Zeca de Abreu, Hebe Alves, Márcio Marciano e Luiz Marfuz.

Fábio Vidal - Preparação Corporal

Ator, autor, produtor e encenador. Mestre em artes cênicas pelo PPGAC - UFBA (2007). Tem três trabalhos em sólo/monólogo: “Seu Bomfim” – direção conjunta de Meran Vargens, “ÊRe-eterno retorno” – resultante do projeto Solos Brasil coordenado por Denise Stoklos, e “Velôsidade Máxima”. Participou, ainda, com ator, dos espetáculos: “Divinas Palavras” e “Murmúrios”, dirigidos por Nehle Franke; “Casa de Eros”, direção de José Possi Neto; “Otelo”, com direção de Carmem Paternostro; “Federico”, dirigido por Geraldo Cohen; “Equus”, “Apareceu a Margarida”, “O assalto” e “A piração das bruxas”, dirigidos por Jacques de Beauvior. Dirigiu o espetáculo “Casa Número Nada”, coordenou os projetos de criação de solos-performances “Solos em cena” e “Atuantes em Solos” (Prêmio Myriam Muniz 2007). Fundador do Território Sirius de Teatro, integrante da Cooperativa Baiana de Teatro. Desde 2004 vem realizando oficinas e workshops de teatro físico em festivais e projetos nacionais e baianos.

Diana Ramos - Preparação Vocal, Assistência de Direção Musical, Composição de Músicas

Atriz, arte-educadora e diretora teatral. Graduada em Licenciatura em Teatro-Educação pela UFBA, trabalhou como oficineira e professora de música e artes em projetos: “Formação Mídias Sonoras” – PRACATUM, “Da Ponta da Língua a Ponta do Pé – Formação de Platéia para as Artes Cênicas – Circuito Interior” – Cia Viladança, ONG CRIA (Centro de Referência Integral de Adolescente), Liceu de Artes e Ofícios BA, “Programa Educacional Turma do Bairro” – ONG SORRI – BA. Dirigiu os espetáculos: “Clowns Urbanos” e “A mulher de 106 anos que deu um chute na bunda de Lampião”. Como atriz, fez as peças: “Cirandas e Rodas” – direção de Daniel Marques, “Os Sonhos de Segismundo” e “Branca” – com o OCO Teatro Laboratório, sob direção de Luis Alberto Alonso, “A Gema do Ovo da Ema” – dirigido por Alda Valéria, “Malassombro” – direção de Érico José, “Fato(s) do Brasil” e “Joguete” – de Joyce Aglae, pela Cia Buffa de Teatro, “O pequeno grão de areia” – dirigido por Luciana Lyra. Fez preparação vocal e/ou corporal dos espetáculos: “Pluft – o fantasminha camarada”, “Cirandas e Rodas”, “Coração de Porcelana”.

Maurício Dominguez - Assistência de Cenografia

Com experiência em artesanato em prata, trabalhou na cenotecnia do Microtrio, no carnaval de Salvador 2010 e na instalação "Um dente chamado bico", do grupo DIMENTI. Fez ainda a contraregragem na Jam no Mam, em 2010.

Lorena Torres Peixoto– Cenografia

Bacharel em Desenho Industrial (habilitação em Projeto de Produto), pela UNEB, e graduanda no Curso Superior em Decoração, pela UFBA. Como cenógrafa, concebeu e executou projetos de cenário e/ou adereços para os espetáculos “Arlequim – servidor de dois patrões”, “Debaixo d’água em cima d’areia”, “O Contêiner”, "Moringa", “Aroeira – com quantos nós se faz uma árvore”, “Alices e Camaleões”, “Rerembelde”, “Divorciadas, evangélicas e vegetarianas”, Três Histórias para Lembrar”. Desde 2005, vem ministrando oficinas de cenografia e adereços no estado da Bahia, interior e capital, e em outros estados brasileiros (SE, PE, MG, ES, PI), integrando projetos como Circuladô Cultural da Fundação Cultural do Estado da Bahia e Ponto de Cultura do Teatro Vila Velha, onde atualmente é a Chefe de Palco e encarregada de carpintaria para elaboração de projetos cenográficos.

Luiz Santana - Caracterização

Figurinista, Aderecista e Maquiador. Trabalhou em espetáculos de dança e teatro, como: “O olhar inventa o mundo”, “Rerembelde”, “A geladeira” e “O despertar da primavera” da Cia de Teatro dos Novos, “O Contêiner” e “Arlequim servidor de dois patrões” d’A Outra Companhia, “Da ponta da língua a ponta do pé”, “José Ulisses da Silva” e “Aroeira – com quantos nós se faz uma árvore” da Cia Viladança, “Guilda” dirigido por Marcelo Sousa Brito, “Chá de Cogumelo” do Grupo DIMENTI, “Balança mas não cai”, “1/4 do Paraíso” e “Aceito!” coreografados por Clênio Magalhães, “Alices e Camaleões” da Cia Novos Novos, “O evangelho segundo Maria” com direção de Carmen Paternostro, “Cabaré da Rrrraça” e “Sonho de uma noite de verão” do Bando de Teatro Olodum, “Fogo Possesso” dirigido por Adelice Souza, e outros. No cinema, participou na área de caracterização das produções: “Eu me lembro” – Edgard Navarro, “Pau Brasil” – Fernando Bélens, “Cascalho” – Tuna Espinehira, “Vermelho rubro do céu da boca” e “Os caçadores de Saci” – ambos de Sophia Federico.

Catarina Rosa Campos - Assistência de Caracterização

Marcos Dedé - Iluminação

Chefe de palco do Teatro Vila Velha, fez a luz de espetáculos de teatro e dança, como Interações Estéticas (Dir: Marcelo Galvão), Trilhas Urbanas e Dança em Quadrinhos (Dir: Leandro de Oliveira), Três Histórias para Lembrar (Dir: João Meirelles, Luiz Antônio Jr e Rita Carelli). Trabalhou como assistente de Fritz Gutman em algumas edições do Prêmio Braskem de Teatro e do Ateliê de Coreógrafos Brasileiros.

AC Costa - Iluminação

Ator e iluminador, trabalhou com a iluminação de espetáculos teatrais, como "Divorciadas, evangélicas e vegetarianas".

Márcio Bacelar - Assessoria de Imprensa


Camilo Fróes - Programação visual

Ator, produtor, roteirista, músico, Dj e design gráfico. Desde 2003, produz o material gráfico institucional do Teatro Vila Velha. Fez a programação visual dos espetáculos: “Arlequim servidor de dois patrões”, “Habitat”, “Aroeira – com quantos nós de faz uma árvore”, “Mundo novo mundo” , “Guilda”, “O Contêiner”, “Canteiros de Rosa”, “Tempête 13º Sud”, “Caçadores de Cabeças – Headhunters”, “Três histórias para lembrar”, “A canoa”, “A sacanagem da outra”, “Debaixo d’água em cima d’areia”, dentre outros.

ENSAIO ABERTO


Em final de montagem, A Outra Companhia de Teatro, grupo residente do Teatro Vila Velha, promove ensaios abertos, gratuitos, durante o mês de julho, do Espetáculo Mar Me Quer, sendo: dia 08 (quinta-feira), as 14:30h, no Hospital Santo Antônio, para o Projeto Renascer das Obras Sociais Irmã Dulce; dia 12 (segunda-feira), as 20h, no Teatro Vila Velha; e dia 21 (quarta-feira), as 09h, no Colégio Estadual Odorico Tavares. Desse modo, o grupo valoriza a proposta de compartilhamento de seu processo criativo e dá continuidade ao programa de formação de platéia para as artes, desenvolvido desde 2006, em parceria com escolas públicas, ONG’s, associações e instituições de auxílio a criança e ao adolescente.

A partir de 06 de agosto, sempre de sexta-feira a domingo, às 20 horas, A Outra Companhia de Teatro estréia no palco do TVV ficando em cartaz durante todo o mês de agosto, seguindo em setembro para o Centro Cultural Plataforma.

SINOPSE

Mar Me Quer conta a história de Zeca, um homem que tenta fugir de seu passado e vive em diálogo com seu Avô, morto. Apaixonado por uma mulher mais velha, Luarmina, ele necessita recorrer as suas memórias para conquistar sua amada.

SERVIÇO:
O QUE? Espetáculo Teatral Mar Me Quer, com A Outra Companhia de Teatro.
QUANDO?
Dia 08/07 (quinta-feira), as 14:30h, no Hospital Santo Antônio, para o Projeto Renascer das Obras Sociais Irmã Dulce;
Dia 12/07 (segunda-feira), as 20h, no Teatro Vila Velha;
Dia 21/07 (quarta-feira), as 09h, no Colégio Estadual Odorico Tavares.
QUANTO? Grátis
MAIORES INFORMAÇÕES: (71) 8871 1482 | 8708 9762 – Marcio Bacelar (Assessoria de comunicação) / (71) 3083-4617 / aoutra@teatrovilavelha.com.br

segunda-feira, 5 de julho de 2010

De uma outra, para o Mar dos Outros


03 de julho de 2010. Um dia antes, Junior havia me chamado para assistir o ensaio na tarde seguinte e talvez esse convite, tão sem pretensões, me trouxe lembranças, paralelos, mar, me, querer...

É muito fácil começar a escrever. Claro, eu estava ali, desde o comecinho observando vocês, os movimentos, as ambições, as águas tão profundas e densas que qualquer sereia poderia se perder. E ali estava A Outra, mergulhando de cabeça... e uma outra, só na areia, quietinha. Não sou nenhuma crítica em Literatura, muito menos de Teatro. Porém, minha audácia me permite ir aonde quero. Como o próprio Luiz me disse uma vez: “Mas você é ousada, viu, demônia!!”.

Eis que começam as instalações urbanas! Frio na barriga de vocês, ansiedade da minha parte esperando o que estava por vim. Conferi 3, e quanta mudança entre elas. Primeiro, no Passeio Público, tímidos, inseguros, calados, brancos... depois, Palacete das Artes: alegres, coloridos, improvisos; por fim, o local mais vazio, só que na minha humilde opinião, o que mais respondeu a pergunta do grupo (e até as minhas), na Biblioteca Central.

Depois, praticamente desapareci de lá. Sim, minhas aulas haviam começado, e eu, sozinha, ficava matutando como vocês conseguiriam colocar em cena algo onírico por demais. Sonho e realidade em um só local permitindo qualquer um de ir além nos pensamentos. E eu também estava devaneado, no meu cantinho, sem falar nada... o autor, que era tão familiar para mim, estava fazendo com que eu transcendesse, só que a partir de outras pessoas que sempre que me viam, falavam: “Aparece lá”.

Após ver o ensaio rapidamente, pude ver o quando estava ficando bacana a montagem. A permissividade do grupo em realizar um trabalho diferente ou com uma linguagem mais metafórica, sei lá, algo me motivou a saber o que pensava o diretor o grupo. Eu olhava nos olhos dele, e algo me dizia... “assim é bom, assim não é bom”. Por Junior ser a pessoa mais próxima de mim (e que provavelmente se não fosse por ele em alguns aspectos, eu não estaria sequer escrevendo este texto prolixo), eu sentia nele a vontade, o desafio. Também vejo isso nos outros integrantes do grupo, que, mesmo não estando sempre por perto, me transmitem só no olhar suas dúvidas, mudanças e acertos. Acho que desafio é o nome de vocês.

No sábado, dia 03/07, foi que eu me atentei para a proximidade do espetáculo. Cara, está muito na porta!! Ai, ai, ai! Sentada naquele cantinho, eu consegui fazer alguns paralelos om outras coisas, imaginei, senti... só que, uma coisa me chamou à atenção, um elo que eu ainda não havia estabelecido em minha mente... A Odisséia, de Homero.

Não, não achem que eu estou dando uma de estudante de Literatura e Teatro Gregos, mas é que, se é que sabem, minha mente funciona bem quando é algo de séculos atrás... foi um estalo repentino. Hoje acredito sim que esse livro baseou outros. Mas deixa isso pra outra hora, vamos ao que interessa.

Luarmina, uma Penélope lamuriosa; Zeca, um Odisseu preguiçoso e o Avô Celestiano, os deuses... uma ligação bem clara para mim. Talvez os personagens do Mar Me Quer são um pouco ao avesso dos da Odisséia, contudo, o amor e a esperança reinam neles. Se assim for, a tendência é sempre a mesma: intensidade, emoção, intensidade, emoção... sem parar.

A forma com que Penélope sonha com a volta de Odisseu é a mesma com que Luarmina é nostálgica. Apáticas por fora, agoniadas por dentro, elas buscam o que é somente seu. Zeca, com suas fantásicas “histórias de pescador” se assemelha com Odisseu, que, mesmo não narrando sua própria volta, se depara com monstros... e de verdade!! Que tal rememorar os corajosos companheiros de Odisseu com os amigos de pesca de Zeca Perpétuo? Ou, quiçá, a mulher que Zeca empurrou do penhasco, por dançar nua, com a deusa Calipso que aprisionava homens, e que desta forma retarda a volta de Odisseu por 7 anos?

Um paralelo entre o Avô Celestiano e os deuses é o mais interessante. Os deuses guiando Odisseu, o Avô aconselhando o neto. Celestiano abriga dentro de si diversas divindades, cuja referência que tenho aqui é a Deusa Atena... Se estou jogando ondas de palavras em vocês, é da melhor forma possível. Não sei se tão límpida quanto águas claras, ou pesadas como espumas em dias de chuva. Afrodite, Poseidon, Cila, Nereidas... todos do mar... Mar, Mar, Mar!

Termino este texto com um linda passagem da própria Odisséia, e desde então venho me recordando. Interpretem da melhor forma possível:

(...) Volveu-lhe, então, Atena, deusa de olhos verdes-mar:
- Não me retenhas mais tempo contra o meu desejo de partir; o
presente que teu coração te exorta a dar-me, dá-mo quando eu
passar na volta, afim de que o leve para casa; escolhe um bem
bonito, que te valha uma retribuição.

Luiz, Eddy, Manu, Buranga, Junior, Hayaldo e Israel. Um abraço carinhoso de quem está na torcida por vocês,

Catarina Campos

um fragmento musical para mar me quer

A cena ocorre quando Luarmina olha o mar, por Luiz Buranga

Quando eu olho pro horizonte
eu nada vejo
Quando eu olho nos seus olhos
desassossego.

A minha vida não tem prumo nem lampejo
Desaprumo quando eu vejo uma flor desabrochar

E quando ouço a voz da noite no fim do dia
É de tanta alegria o cantar do sabiá

E o vento que balança as ondas do mar
Embala a minha vida
Não se deixa desaguar

retirado das folhas azuladas do caderno de anotações do diretor

"...amanhã, 02 de julho, feriado na Bahia - salvo engano, dia da independência do estado... tem cortejo dos caboclos da Lapinha ao Campo Grande, desfile de fanfarras, queima de fogos... só não tem transporte circulando pelo Centro da cidade! E pra completar, amanhã tem jogo do Brasil na Copa do Mundo, as 11h - o Brasil todo pára (comércio fecha, ônibus pára, órgãos públicos não funcionam)... E o ensaio como fica?!

Essa tem sido uma semana difícil.Na segunda, jogo; na sexta, jogo. A semana passa a ter três dias, apenas, de trabalho. Isso depois de uma pausa de 01 semana por conta dos festejos juninos... viagens ao interior, forró, fogueira, licor e amendoim... Quando retomamos os trabalhos, uma dispersão inevitável... E o que fazer?

A sensação que tenho tido nesses últimos ensaios é que essa pausa, ou melhor, essas pausas, tem esfriado os ânimos. Demora pra chegar no ensaio, pra começar o trabalho, para se colocar em cena, para lembrar os desenhos, para entender as indicações, para responder as alterações... A concentração parece ser tirada a facão de cada um. Penso até: "estamos na reta final, o espetáculo tá desenhado, um relaxamento abateu o elenco; quase um 'já sei o que tenho que fazer, tô tranquilo'...". E não!

A pouco mais de um mês da estréia do espetáculo, temos muito o que fazer ainda: elementos do cenário estão sendo refeitos e figurino tá sendo costurado para então serem incorporados com propriedade na cena, canções precisam ser afinadas, o texto ainda tem alterações para serem feitas, a encenação precisa ser mais clara, definida e, ainda mais, dominada pelos atores. sem falar nas demandas todas de produção...

Coragem, tripulantes do barco Mar Me Quer! Não deixemos a peteca cair! O jogo precisa ser jogado com brilho nos olhos e "pauduressência"."

Luiz Antônio Jr.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Mais um dia!

Estamos a pouco menos de um mês da estréia e continuamos mergulhados nesse mar. A cada conversa, cada encontro que tenho com os outros atores, com o diretor, como os assistentes, comigo mesmo: lá está ele, o mesmo assunto, os mesmo pensamentos em minha cabeça: Mar me quer.
Acredito que esse seja, de fato, o nosso processo mais reflexivo. Talvez pelo nosso momento enquanto grupo, pela nossa vontade de mudar ou não, por que acredito que uma série de elementos que usamos em montagens anteriores são importantes, como: o cenário que se move e se transforma a todo o tempo, a músicalidade extraída de objetos não convencionais, a dramaturgia não-linear, etc.
A cada dia de ensaio sinto como se repensassemos o processo, o espetáculo, as escolhas. Por outro lado sinto também que as coisas se encaminham para definições. Sinto minha confiança na indicações de Lu, Isra, Hayaldo se dilatando, se ampliando. Isso me dá a tranquilidade de fazer cada vez mais o exercício de me colocar dentro de cena, cada vez menos fora.
Há muito que se fazer! Vamos para mais um dia de ensaio!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Depois de Natal, em pleno mês de junho

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ensaios retratados por Lorena







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