quarta-feira, 3 de março de 2010

Luarmina (Eddy Veríssimo)

Provavelmente, tem por volta de 50 anos, mulata. Pai era imigrante grego, pescador que “sabia do arrumo das redes”. A mãe parecia guardar algum ressentimento da filha, a ponto de Luarmina não guarda-lhe uma só lembrança. Perdeu a ambos muito cedo e acabou chegando a terra de Mar Me Quer, sendo posteriormente entregue a Missão, onde foi educada dentro dos princípios da religião católica, para ser freira, e também por isso guarda um certo recato. Jovem muito bela, ao sair da Missão arrebatou o coração de Agualberto Salvo-Erro, pai de Zeca. Ele, homem casado, acabou conquistando o coração de Luarmina, a qual levava todas as noites para o mar. Sofrendo por fazer aquele homem desviar-se da sua casa, da sua esposa, Luarmina fugiu do lugarejo, causando todo o mal entendido que causou a cegueira de Agualberto. Agora, ela aparece na história com pouco que lembre a beleza que conquistara o pai de Zeca. Amargurada por nunca ter tido um filho, acima do peso, suas pernas incham... Do passado, guarda apenas a mania de cantar pela praia. Do futuro, nada espera. Comunica-se também com o avô, como é revelado ao final da história. Resiste às investidas de Zeca e revela seu amor por via da preocupação que tem com ele. Busca ouvir uma “história verdadeira” desse mentiroso incorrigível, pois nutre-se das histórias de família dos outros para aplacar o sofrimento de nunca ter procriado.

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