quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mais uma vez, após um bom tempo sem publicações, volto a esse espaço para refletir sobre esse processo, sobre esse espetáculo, sobre esta aventura na qual nos lançamos.

Integrar o elenco de um espetáculo como Mar Me Quer é extremamente prazeroso, divertido e gratificante. Poder contracenar com Eddy Veríssimo, minha amiga e colega de cena desde os primórdios do meu fazer teatral, com Luiz Buranga, um dos atores mais criativos e com maior poder improvisação que já vi nesses meus quase dez anos de teatro, e com Manuela Santiago, a caçula do grupo, mas que tem mostrado grande amadurecimento e potencial, tem sido uma viagem singular e a cada dia que faço Mar Me Quer com esses artistas sinto-me recompensado pela carraeira que escolhi.

O Mar Me Quer está novamente em cartaz no Cabaré dos Novos do Teatro Vila Velha após ter sido visto com bons olhos no XIII Festival Recife do Teatro Nacional, onde obtivemos uma exelente crítica do jornalista Valmir Santos, e também do público que cantou junto conosco as cirandas que utilizamos no espetáculo em cena aberta, sendo um momento de grande emoção. Este fato, termos apresentado o espetáculo em Recife e termos executado a parte musical bem nos deu, de certa forma, um selo, um atestado de que sabemos desenvolver esta habilidade de forma satisfatória.

Hoje, quarta-feira, dia 19 de janeiro, foi mais um dia desses. Fizemos o espetáculo com o Cabaré dos Novos cheio. Bastante gente foi conferir o nosso trabalho. Entre o público um anônimo um espectador bem conhecido por mim, o escritor, poeta e professor acadêmico, Aleilton Fonseca, um grande amigo, um ídolo, junto com sua esposa, a também escritora e professora acadêmica Rosana Patrício.

No entanto, além de tudo de positivo que esta temporada e esta apresentação de hoje nos reservava, ela se mostrou extremamente útil para criar questões relacionadas ao caminho que ainda precisamos percorrer nesse processo. Hoje, já quinta-feira, aproximadamente 03 horas após ter terminado a apresentação consigo rabiscar algumas sobre este caminho:
- a primeira: por que na segunda metade do espetáculo não estamos conseguindo manter o nível de energia, apesar de aquecidos e estimulados?!
- e a segunda: por que a parte musical tem se mostrado de maneira tão inconstante?
Formulo estas duas questões por acreditar que elas simbolizam o salto que precisamos dar. Isso é importante: o salto que precisamos dar e não o que já deveríamos ter dado. Não posso deixar de levar em consideração que é um espetáculo novo, a apresentação de hoje teve ter sido a número 20. Ainda podemos mais. Ainda queremos mais!

Deste modo, alerto aos meus companheiros de viagem que no mar é importante não se desesperar, que lembremos que em alto mar os cantos das sereias nos confundem, nos desviam dos nossos caminhos, nos convidam ao naufrágio, e que no mar, diferente de todas as outras jornadas que já trilhamos juntos por terra, cada dia é um dia, cada viagem é uma viagem, não se sabe o que se vai encontrar, uns dias calmaria e bonança, no outro maremoto e tempestade, mas que não percamos jamais o espírito aventureiro que guia os homens do mar. Coragem, amigos! Estamos juntos, marujos! Acreditemos!
R. Junior

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